
Aidan Ravin abre as portas da Prefeitura para receber a população
PTB Notícias 15/05/2009, 7:06
O prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), abriu as portas da Prefeitura para receber a população na manhã de ontem.
Em pouco mais de duas horas, ouviu 32 moradores, que o procuraram em busca de soluções para problemas da cidade – e até a resolução de questões pessoais.
Terminado o bate-papo, o morador era encaminhado a um assessor, que prometeu acionar o secretário responsável por dar cabo da solicitação.
A prática de recepcionar a população deve se tornar rotina.
Toda quarta-feira, o prefeito ou a vice, Dinah Zecker (PTB), estará à disposição dos moradores que quiserem fazer reclamações, trazer sugestões ou simplesmente questionar as decisões da administração municipal.
Ontem, o guichê 20 do saguão do Paço foi ocupado pelo prefeito.
Aidan viu passar à sua frente uma amostra dos problemas andreenses, com representantes de vários setores da sociedade civil.
De líderes comunitários a pessoas livres de filiação partidária, todos tiveram a oportunidade de falar sobre seus problemas.
O método foi simples.
Uma recepcionista perguntava se o cidadão queria questionar diretamente o prefeito e, a partir daí, fornecia uma senha.
Quando chegava a vez, o morador ia até Aidan e recebia um aperto de mão efusivo.
Os dois se acomodavam em suas cadeiras e a conversa começava em outro ritmo, sempre em voz baixa, com gestos contidos.
Mesmo sozinho, Aidan tinha o apoio de seu staff, incluindo seguranças.
Muitos cidadãos se mostraram tímidos diante da estrutura do poder municipal, e reticentes na hora da queixa.
O aposentado cearense João Lopes Sobrinho foi um dos que passaram pela mesa das lamentações.
Ele disse a idade, mas pediu para a reportagem não contar para ninguém.
Foi o primeiro a comprar terreno no Parque Novo Oratório, por 120 contos de réis, há várias décadas.
Viúvo, Lopes Sobrinho hoje é um dançarino diletante que frequenta três bailes por semana.
“É sexta, sábado e domingo”, afirmou, exibindo a radiografia do pé machucado em uma mão e a muleta na outra, heranças do último bailado.
Mas não é de sua saúde que ele reclama.
“Falei que seria bom se melhorasse a iluminação do bairro.
Pedi também cobertura para os pontos de ônibus.
Vamos ver que bicho vai dar.
“Aidan ouviu mais do que pedidos para o bem comum.
Dívidas e demais questões que vão além da capacidade de resolução do prefeito foram colocadas à mesa.
“Não estou aqui para fazer favor, mas para prestar um atendimento à população”, explicou.
A cadeira e a mesa parecem pequenas para o prefeito, mas ele é questionado sobre outro tipo de incômodo que pode surgir com o tempo, como cobranças excessivas feitas em público, diante de todos.
“Não foi para fazer mágica que vim até aqui.
E não tem saia-justa quando a gente se dispõe a resolver problemas”, afirmou.
* Agência Trabalhista de Notícias com informações do Diário do Grande ABC