
Estadâo: Planalto indicará Gim para assumir vaga de ministro no TCU
PTB Notícias 17/04/2013, 19:24
Leia abaixo matéria divulgada pelo jornal Estado de S.
Paulo nesta quarta-feira (17/04/2013):Planalto dá cargo para manter PTB na base Argello será indicado ministro do TCU com intuito de deixar partido longe de Eduardo Campos; Temer filia empresário do PSB ao PMDBArgello será indicado ministro do TCU com intuito de deixar partido longe de Eduardo Campos; Temer filia empresário do PSB ao PMDBJOÃO DOMINGOSPara impedir que o PTB deixe a base do governo e se alie ao governador Eduardo Campos (PSB), potencial candidato à Presidência em 2014, o Palácio do Planalto negociou a indicação do líder do partido no Senado, Gim Argello (DF), para ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
O PTB vinha se queixando de que era um dos únicos partidos da base aliada a não ter um ministério.
Deverá se contentar com a vaga no TCU.
Em outra frente, o vice-presidente Michel Temer operou para filiar ao PMDB o empresário José Batista Junior.
Júnior, que é sócio do Frigorífico Friboi, era do PSB de Goiás e seria candidato a governador do Estado para auxiliar Eduardo Campos num eventual projeto nacional em 2014.
Suplente do ex-Senador Joaquim Roriz (PSC-DF), que renunciou ao mandato em 2007 para fugir de um processo de cassação, Argello ganhou mais de sete anos de mandato de Senador.
Agora, com a aposentadoria próxima do ministro Valmir Campelo – ex- parlamentar de Brasília pelo PTB caberá ao Senado indicar o novo titular do TCU.
O candidato do governo é Argello.
Ele se aproximou da presidente Dilma Rousseff após chegar ao Senado.
O cargo de ministro do TCU é vitalício.
Almoço.
O empenho do governo para evitar que Eduardo Campos se aproxime de partidos aliados pôde ser constatado ontem, durante um almoço entre o governador e o bloco de Senadores do PTB, PR, PSC e PPL.
Dos 12 Senadores do colegiado, somente seis compareceram: o próprio anfitrião Gim Argello, que chegou atrasado ao seu gabinete onde foi oferecido o almoço, Alfredo Nascimento (AM), presidente do PR, Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP), João Costa (PPL), Eduardo Amorim (PSC-SE) e Armando Monteiro (PTB-PE).
Este último é aliado de Campos e defende a candidatura do governador em 2014.
“Fui voto vencido”, declarou Gim Argello na semana passada, quando questionado sobre o almoço.
com Campos.
Ontem, novamente questionado sobre a reação da presidente Dilma ao encontro com o governador de Pernambuco, justificou-se: “A presidente Dilma não vai ficar com ciúmes desse almoço.
Ela me conhece e não vai ficar incomodada.
Isso faz parte do jogo político, temos que conversar com.
todo mundo”.
Na semana que vem o convidado dos encontros da terça-feira o gabinete de Gim Argello será o vice-presidente Michel Temer, que também é presidente licenciado do PMDB.
Visão Nacional.
O encontro de Eduardo Campos com o bloco de Senadores – do qual só compareceu a metade dos integrantes – foi acertado pelo Senador Armando Monteiro.
No almoço, ouvimos do governador uma explanação sobre a situação da economia mundial, a recuperação dos Estados Unidos e os problemas enfrentados pelo Brasil, que já não é mais o País onde outras nações aplicam o dinheiro, Elas estão migrando para outros países que oferecem mais segurança jurídica e custos menores, explicou o governador aos que participaram do encontro”, disse Armando Monteiro.
Depois do almoço, Campos respondeu ao ex-ministro José Dirceu – condenado a dez anos e dez meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal por envolvimento no escândalo do mensalão – que o criticou, usando o slogan do governador, e disse que “em Pernambuco é possível fazer mais”.
Campos disse que não se surpreendeu com o que Dirceu disse: “Não é de hoje que divirjo de Dirceu”.
Seu slogan, de que “é possível fazer mais”, explicou Eduardo Campos, é uma forma de dizer para a população que o atual governo fez muitas coisas, mas que é possível ir além.
“Eu saio todo dia para trabalhar pensando em fazer mais”, afirmou o governador pernambucano.