
Fogaça coloca em xeque licitação do transporte coletivo de Porto Velho
PTB Notícias 10/06/2015, 7:56
Num discurso de mais de meia hora na sessão ordinária de segunda-feira (8/6/2015), o vereador Everaldo Fogaça (PTB) usou a tribuna da Câmara Municipal para lançar dúvidas sobre a contratação emergencial do transporte coletivo que está em curso na Comissão de Licitação da Prefeitura de Porto Velho (RO).
O vereador disse que são cada vez maiores os indícios de que a contratação emergencial está sendo direcionada, pois é impossível no mercado uma empresa investir R$ 27 milhões e faturar apenas R$ 23 milhões.
Ele propôs aos vereadores uma vigilância maior sobre o assunto e, se possível, barrar a contratação, assim como foi feito com a licitação do lixo no ano passado.
A maioria dos vereadores presentes pediu a palavra para dar sua opinião sobre o assunto e todos concordaram com as suspeitas de Everaldo Fogaça.
Na Câmara, o assunto tem dominado todos os debates durante as sessões e a prefeitura certamente enfrentará problemas para efetivar essa contratação emergencial.
Um dos primeiros a falar foi o ex-líder do prefeito, Márcio Pacele (PSB).
Segundo o vereador, os coletivos que a empresa vencedora do contrato emergencial podem ser fabricados até 2008, ou seja, poderão ser mais velhos dos que atualmente circulam na capital, pelo atual consórcio que explora o serviço.
Outro dado importante sobre o assunto foi trazido pelo vereador Eduardo Rodrigues (PV).
Segundo ele, os 180 ônibus previstos no contrato emergencial custarão em torno de R$ 21,6 milhões, sem contar com folha de pagamento, impostos e outras despesas, totalizando um valor superior ao do contrato.
“Tem algo errado nessa conta que não fecha”, ressaltou.
O vereador Edemilson Lemos (PSDB) lembrou em seu aparte que foi relator da CPI do Transporte, em 2013, na Câmara, e que o relatório final aponta várias irregularidades que podem ser utilizadas pelo Legislativo para uma investigação aprofundada sobre como é tratado o setor pelo Executivo.
O vereador Everaldo Fogaça fez ao final outra colocação sobre o assunto.
Segundo o parlamentar trabalhista, o empresário que vai investir milhões para se estabelecer na capital de Rondônia não vai aceitar tocar o negócio por apenas seis meses e ir embora.
É quase certo que vá querer continuar.
Essa premissa reforça a tese de que haveria direcionamento da licitação.
Agência Trabalhista de Notícias (LL), com informações do portal O Observador Foto: Divulgação/Assessoria