
Graça Amorim denuncia irregularidades no ‘Minha Casa, Minha Vida’
PTB Notícias 10/10/2013, 6:44
Na sessão da Câmara de Teresina de quarta-feira (9/10/2013), a vereadora Graça Amorim (PTB-PI) fez um pronunciamento sobre a situação das famílias que, segundo ela, já haviam sido contempladas nos conjuntos Mirian Pacheco e Cidade Sul pelo programa “Minha Casa, Minha Vida” e que agora foram informadas de que terão que ser submetidas a um novo sorteio.
A prefeitura, por meio da coordenadora Rogéria Sousa, alega que foi feita uma visita in loco na qual se verificou que grande parte dessas famílias não atendiam os requisitos.
A vereadora Graça Amorim contesta essas informações.
Segundo ela, a seleção para os conjuntos Mirian Pacheco e Cidade Sul foram feitas ainda em 2012 e as famílias já haviam sido selecionadas.
“As famílias já haviam sido selecionadas, a documentação com a relação constando o nome delas já se encontrava na Caixa Econômica Federal.
Eu confirmei isso com o superintendente Emanuel e a prefeitura mandou buscar alegando que haveria irregularidades.
No entanto, a prefeitura não tem capacidade de fazer essa verificação.
Só quem tem esse controle efetivo é a Caixa Econômica Federal que pela consulta ao CADMUT (Cadastro Nacional de Mutuários) pode verificar se a pessoa já foi contemplada anteriormente em conjuntos habitacionais de moradia social”, declarou.
Durante o pronunciamento da vereadora, o vereador Dudu (PT) declarou que a medida da prefeitura representa uma retaliação à vereadora Graça Amorim, que teria sido responsável pela condução do processo na gestão anterior.
“Isso é perseguição barata para que lá na frente a população ache que foi enganada pela gestão anterior.
Essas pessoas estão sendo muito prejudicadas.
Eu comparo com a situação de alguém que foi classificado em um concurso público e depois de já ter feito o curso de aperfeiçoamento para assumir não é chamado”, declarou o vereador petista.
Cristiane Rodrigues é uma das pessoas que havia sido informada de que receberia a casa, mas agora terá que passar por um novo sorteio.
Ela disse que paga R$ 305,00 mensais de aluguel e que sustenta mais quatro pessoas com um salário mínimo.
“Eu entreguei toda a minha documentação na prefeitura após ser informada de que eu me enquadrava no programa.
Aí disseram que eu tinha apenas que esperar o sorteio da Caixa Econômica para saber qual a unidade eu iria receber.
Mas agora fomos surpreendidos com essa notícia, que caiu como uma bomba, e estamos nos sentindo muito injustiçados”, declarou.
A vereadora informou que solicitou uma audiência com representantes da Caixa Econômica, representantes da Prefeitura, do Ministério Público e também pessoas interessadas das famílias.
“Nós vamos pedir inclusive a suspensão do sorteio de sexta-feira (11) desses dois conjuntos habitacionais.
Não sabemos se a prefeitura vai acolher porque desde a semana passada que estamos tentando que o superintendente da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e a coordenadora, Rogéria Sousa, recebam as famílias para prestar uma explicação, ma até agora não nos atenderam”, finalizou.
* Agência Trabalhista de Notícias (LL), com informações do portal GP1Foto: Isabela Rêgo/GP1