
Lara deve convocar diretor do Daeb para explicações sobre índices de cloro
PTB Notícias 8/03/2016, 8:34
Após reclamações sobre a qualidade da água distribuída pelas redes, que apresentou aspecto e odor alterados durante o final de semana, o presidente da Câmara de Bagé (RS), Divaldo Lara (PTB), foi até a Estação de Tratamento de Água (ETA) cobrar explicações.
No local, o vereador foi informado de que o Departamento de Água e Esgotos de Bagé (Daeb) diminuiu a quantidade de cloro utilizado para o tratamento do recurso.
Em seguida, o petebista fez uma postagem nas redes sociais, orientando os bajeenses a não consumirem água direto da torneira sem ferver.
Na publicação Divaldo destaca ter constatado ‘que está faltando cloro na Estação e que a quantidade utilizada na água está sendo insuficiente’.
O presidente adianta que vai denunciar a gestão no Ministério Público e que levará a situação para conhecimento das autoridades sanitáriasDivaldo também pretende realizar a convocação do diretor do Daeb, Kiwal Parera e dos responsáveis pela superintendência operacional e setor de compras do departamento, para prestar esclarecimentos sobre a falta do produto.
A Comissão de Saúde da Câmara também será acionada para realizar novas análises de amostras d’água.
“É inadmissível deixar faltar um produto indispensável como o cloro.
Realizamos exames de três amostras de água diferente e em todos os índices ficaram muito abaixo do mínimo necessário.
O cloro está sendo contingenciado e não atende os parâmetros de potabilidade”, disse.
Um fato curioso sobre a questão foi o boletim de ocorrência registrado por um funcionário do próprio Departamento, que após ter informações sobre a qualidade da água em sua casa, solicitou um exame.
O resultado mostrou que a amostra não continha nenhum nível de cloro.
ContrapontoAs afirmações do vereador foram rebatidas por nota oficial publicada pelo Daeb.
Segundo o diretor de Captação da ETA, Sérgio Gonçalves, o Departamento manteve o teor de cloro exigido perante os parâmetros da Portaria de Qualidade.
O mínimo permitido em ponta de rede de abastecimento é 0,2 miligrama por litro (mg/l).
Em amostras medidas na manhã de domingo, na Estação de Tratamento (ETA), constatou-se de 0,56 a 0,99 mg/l.
Segundo ele, o que ocorreu durante o final de semana foi uma redução pontual, em momento de baixa vazão, do teor do cloro adicionado.
Esse pode ter sido o motivo das alterações de odor da água.
Gonçalves explica que a redução foi necessária devido ao atraso da entrega de nova remessa do cloro, prevista para a última sexta-feira.
Entretanto, mesmo com a diminuição ocorrida o Daeb afirma que o sistema foi gerido para que se preservasse o teor mínimo exigido.
Agência Trabalhista de Notícias (LL), com informações do portal O Minuano Foto: Divulgação/Assessoria