
Prefeitura Municipal de Manaus notifica pais de adolescentes de rua
PTB Notícias 3/02/2011, 11:50
A Prefeitura de Manaus, conduzida pelo prefeito Amazonino Mendes (PTB-AM) por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh), foi às ruas nesta quarta-feira (2) com a primeira ação de resgate social do ano.
Durante toda a manhã, equipes de abordadores, técnicos, assistentes sociais e psicólogos estiveram sob a ponte do São Raimundo, no bairro do mesmo nome e no Boulevard Álvaro Maia, no bairro Nossa Senhora das Graças, de onde retiraram seis adolescentes e cinco adultos que se encontravam em situação de rua, inalando cola de sapateiro.
Outros dois conseguiram fugir, atirando-se num igarapé.
Os jovens, na faixa etária de 14 a 17 anos, foram levados para o Conselho Tutelar da zona Rural, onde, depois de cadastrados, foram devolvidos aos pais, que assinaram um termo de responsabilidade sobre a guarda deles.
A ideia é que com o novo procedimento, a Prefeitura possa acionar o Juizado da Infância e da Adolescência como órgão que obrigue os pais a cuidarem de seus filhos e, em caso, de descumprimento, sujeitando-os, inclusive, a medidas legais como a detenção.
Durante a ação, os adultos foram encaminhados para uma delegacia de polícia.
Eles responderão por, supostamente, estarem fornecendo cola de sapateiro às crianças e aos adolescentes.
Policiais civis e militares foram acionados para conter a agressividade de duas mulheres do grupo.
“Eles não entendem que estariam melhor com a família ou mesmo se tratando contra a dependência química.
Estamos fazendo a nossa parte, levando-os para instituições onde eles possam dar um novo rumo para suas vidas.
Continuaremos tentando”, explicou o titular da Semasdh, Sildomar Abtibol.
Apoio da populaçãoMoradores e funcionários de empresas localizadas no entorno do Boulevard Álvaro Maia ficaram surpresos com a ação de resgate de pessoas em situação de rua.
O estudante André Moraes, 23, afirmou que é comum grupos de meninos utilizarem cola de sapateiro à luz do dia bem próximo ao escritório onde trabalha.
“Até queremos ajudar, mas não concordo que eles fiquem aqui.
Eles deveriam trabalhar e estudar.
Acho que ninguém gostaria de ver seu filho nessa situação”, considerou.
Agência Trabalhista de Notícias, (IS)