
Projeto Educar, de São Caetano, ensina informática e inglês a crianças
PTB Notícias 4/05/2011, 8:13
Enquanto famílias de diversas cidades do Brasil apertam o orçamento para poder pagar uma boa escola para seus filhos, a Prefeitura de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, uma das cidades com maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país e administrada a quatro anos e meio pelo petebista José Auricchio Jr.
, tem planos para melhorar a qualidade da educação em suas escolas e justificar os impostos pagos pela população.
A cidade está desenvolvendo o projeto Educar 2020, cujo objetivo é formar uma geração voltada ao futuro profissional e familiar.
O plano é espelhado em modelos de sucesso utilizados por países como Canadá, Espanha e Japão, e facilmente replicáveis em outras cidades.
Lançado há dois meses, o Educar 2020 pretende que famílias, educadores e sociedade se reúnam para construir uma geração economicamente ativa e sustentável.
Para isto foram definidas dez diretrizes de trabalho, dentre as quais está o plano da cidade de municipalizar todo os níveis de ensino.
Hoje, o fundamental, que vai do 1º ao 9º ano, é de responsabilidade da Prefeitura.
O ensino médio (antigo colegial), que tradicionalmente fica sob a responsabilidade do Estado, também passará para a gestão do município.
A cidade ainda conta com a Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS).
Segundo o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior, o projeto tem suas bases no núcleo familiar.
“O desenvolvimento escolar, do ensino infantil ao superior, é mais bem aproveitado quando a família participa”, lembra.
“Ela é o elo que fecha o ciclo virtuoso para a garantia do cumprimento de nossas dez metas ao longo de uma década”, disse o petebista.
IniciativasO Educar 2020 se baseia na capacitação dos jovens na língua inglesa e no ensino de informática.
Os dez mil estudantes que integram a rede pública municipal passam a ter aulas de inglês.
Como a rede tem 8,5 mil vagas, a Prefeitura complementa com uma bolsa de estudos de R$ 180 mensais para os 1,5 mil alunos excedentes, que devem buscar escolas de idioma particulares.
O projeto também prevê aulas gratuitas de informática no Centro Digital da cidade, onde estão disponíveis cerca de 100 computadores, equipamentos para apresentações de vídeo e outras mídias, e uma biblioteca informatizada.
Lá, os alunos dos níveis fundamental e médio podem realizar conferências e acessar a internet.
Os professores passam igualmente por cursos de capacitação.
ResultadosDe acordo com a consultoria Meritt, o Índice da Educação Básica (Ideb) observado no município para o fundamental I (1º ao 4º ano) é de 5.
9, enquanto as escolas municipais do Brasil exibem 4.
4 para o mesmo nível.
O Ideb mede a proficiência dos alunos (em português e matemática) versus a frequência (ritmo de progressão dos alunos ao longo das séries).
“Temos um grupo dentro da secretaria da educação voltado para a legislação e reciclagem do ensino que também monitora as avaliações do MEC”, afirma o prefeito José Auricchio.
fonte: jornal Brasil Econômico