
Roberto Jefferson comenta em seu blog entrevista de Dilma
PTB Notícias 17/03/2011, 15:19
Leia abaixo comentários do Presidente Nacional do PTB, Roberto Jefferson, publicados em seu blog na internet (www.
blogdojefferson.
com) nesta quinta-feira (17/03/2011): Avanços e recuosDilma deu uma excelente entrevista ao “Valor”.
Garantiu que é possível, sim, o País reduzir a inflação de 6% para 4,5% e crescer 4,5% a 5% ao ano, e que vai instituir o regime de concessão nos aeroportos.
Também pretende reestruturar o Bolsa Família, oferecendo, enfim, uma porta de saída para seus beneficiários.
Já o ensino médio será acrescido de um complementar profissionalizante.
O senão se dá quando o Executivo insiste em ferir a liberdade dos estados, no caso, impedindo que definam o valor do ICMS a ser cobrado de bens importados.
É centralismo.
Para ser cobradoEm sua primeira entrevista a um jornal brasileiro depois de eleita, a presidente admitiu que vai concluir a regulamentação da reforma da previdência do servidor público com a aprovação da proposta que institui os fundos de pensão complementar.
E prometeu: “Mas não vamos tirar direitos do trabalhador, não”.
É o que milhões de servidores esperam, presidente.
Bola dentro, bola foraNa pauta da visita do presidente Barack Obama ao País, neste fim de semana, vai ter showmício na Cinelândia, visita a uma Unidade Pacificadora, Cristo Redentor fechado aos demais visitantes, recepção por mulheres diplomatas, camisa do Flamengo.
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Só vai faltar mesmo a declaração de apoio dos EUA sobre a admissão do Brasil no Conselho de Segurança da ONU como membro permanente.
Depois de um período em que o governo brasileiro resolveu considerar os Estados Unidos como parte do seu “eixo do mal”, Dilma abre a perspectiva de iniciar um novo período de entendimento com vistas à ampliação do comércio entre os dois países, além de facilitar o fluxo de capitais e investimentos.
Segundo o jornal “Valor Econômico”, os EUA vão anunciar a concessão de até US$ 1 bilhão em financiamentos – por meio do seu Eximbank – para projetos ligados à exploração de petróleo na camada pré-sal.
Será a confirmação do interesse americano em ter o Brasil como um de seus principais fornecedores de combustível fóssil.
Quem não deve ficar nem um pouco satisfeito com a aproximação entre os dois países é o venezuelano Hugo Chavéz, que vive falando mal dos EUA, mas não larga o osso, vendendo-lhes petróleo.
Sweet memoriesEm baixa nos EUA, e em muitos países do mundo, acusado de leniência com o setor financeiro, e de não ter conseguido fazer valer suas promessas de campanha, como a reforma da saúde, Barack Obama vai reviver durante sua visita ao Brasil os áureos tempos em que desfrutava de popularidade nas alturas.
Choro e velaMas setores do PT – as “viúvas” do Lula -, que se queixam do fato de Obama não ter visitado o Brasil quando o ex-presidente estava no poder, ameaçam estragar a festa.
O protesto, que terá a participação dos sempre prestativos movimentos sociais, vem sendo abortado pelo Palácio do Planalto, que, no entanto, tenta evitar que a visita desagrade a estes setores.
Mas a se confirmar a nova linha de atuação da diplomacia brasileira, as “viúvas” vão ter muito motivo para chorar.
Quem diz é o povoSão os brasileiros que afirmam: consideram que a saúde vai mal, mas avaliam que o governo não deve criar novos impostos, como a CPMF, para garantir mais recursos ao setor.
Esta foi uma das principais conclusões da primeira pesquisa CNI/Ibope feita no governo Dilma para avaliar a qualidade dos serviços públicos.
De acordo com a pesquisa, a grande maioria da população acredita que a arrecadação atual é mais do que suficiente para melhorar a qualidade dos serviços; além das pessoas entenderem não ser necessário o aumento na tributação, afirmam que o xis do problema está na gestão.
O povo é sábio.
Os números não mentemDos 12 tipos de serviços públicos analisados pela pesquisa CNI/Ibope, apenas quatro são aprovados, e considerados de qualidade adequada: fornecimento de energia elétrica e de água, iluminação pública e educação superior.
O fornecimento de energia elétrica, a despeito das cobranças indevidas das concessionárias, é o serviço público com maior índice de aprovação: 75%.
Os demais são considerados de “baixa” ou “muito baixa” qualidade por mais da metade da população, sendo que os itens “postos de saúde e hospitais” e “segurança pública” foram considerados de “baixa” ou “muito baixa” qualidade por, respectivamente, 81% e 72%.
Assim como no governo Lula, saúde e segurança pública continuam sendo o calcanhar-de-aquiles da administração pública.
EsconderijoDesde segunda-feira este blog vem chamando a atenção para a confusão dos números enviados pelo governo japonês.
Primeiro foram o de vítimas, estimativa radicalmente esvaziada.
Logo, as pessoas que não sobreviveram ao terremoto e ao tsunami foram substituídas por um medo mundial: o da contaminação nuclear.
Aqui também uma miríade de números e previsões assombra os jornais, que a cada dia falam uma coisa, e o mundo.
Parece até que o Japão tem algo a esconder.
Inimigo nº 1O Japão continua dizendo pelos quatro ventos que a radiação de Fukushima está sob controle e que não há riscos.
Ontem mesmo alardeava a boa notícia de que Tóquio estaria segura.
Mas os japoneses não estão convencendo e a Embaixada dos EUA aconselhou a seus cidadãos que evitem um raio de 80 km da usina (o Japão fala em meros 20 km).
Pior ainda, de acordo com o chefe da comissão nuclear dos EUA, Gregory Jaczko, a radiação de Fukushima está “extremamente alta”, acreditando ele que o tanque do reator 4 não tem mais água para resfriar o urânio.
Enquanto o Japão briga com os números, se a tragédia nuclear realmente acontecer como o resto do mundo rapidamente passa a apostar, o país asiático se tornará o inimigo nº 1 do mundo.
Já para a fila.
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A internet ontem ficou em polvorosa com a notícia de que a cantora Maria Bethânia conseguiu autorização do Ministério da Cultura para captar R$ 1,3 milhão e criar um blog de poesia.
O projeto terá os vídeos produzidos pelo cineasta Andrucha Waddington, o que o teria encarecido.
O MinC, por sua vez, lançou nota oficial confirmando a aprovação, mas “esclarecendo”, por assim dizer, que não haverá repasse de verbas – só esqueceu de dizer que o dinheiro, captado junto a empresas, é debitado do Imposto de Renda.
É mais um caso em que a emenda saiu pior que o soneto e que leva a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, mais para frente na fila de ministro com dias contados.
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porque a fila andaJá o Painel (“Folha”) conta que não só Dilma começou seu dia de ontem recebendo o ministro da Fazenda, Guido Mantega – que andava frequentando a coluna de fofocas do poder como um dos que estavam na fila para pedir para sair – como também fez questão de almoçar com seu ministro e, ainda, afirmar sua “absoluta confiança” nele.
A fila andou porque Mantega, aparentemente, saiu dela.
Será que agora Dilma almoça com Ana de Hollanda ou com Maria Bethânia?Criando os filhosAliás, o vaivém das notícias sobre uma eventual reforma ministerial prematura no governo de Dilma está mostrando mais uma diferença entre a presidente e seu antecessor.
Na era Lula, os jornais cansaram de se esbaldar com brigas entre ministros e broncas públicas do então presidente.
Já Dilma, diferente, prefere mostrar confiança em sua equipe.
Lula era o pai bravo, mas condescendente; Dilma, a mãe que deixa para dar a bronca dentro de casa.